Um bombeiro denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) é julgado nesta segunda-feira, 7 de abril, pelo Tribunal do Júri, em Porto Alegre, pelo homicídio simples do estudante colombiano Eduardo de la Hoz, 29 anos, durante uma discussão no condomínio onde residiam. O crime ocorreu no dia 16 de fevereiro de 2017 no Bairro Floresta, zona norte da Capital.
O promotor de Justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo está atuando em plenário pelo MPRS. Segundo ele, inicialmente, houve uma denúncia por tentativa de homicídio, mas logo após este fato, o jovem acabou morrendo, em setembro de 2017. Por isso, o MPRS fez um aditamento à denúncia para homicídio consumado em consequência dos dois tiros que a vítima levou. O crime ocorreu porque o colombiano, ao não encontrar sua bicicleta no condomínio, reclamou ao subsíndico sobre o furto. O bombeiro, ao chegar no local e ver a discussão, pegou sua arma e mandou o jovem deitar no chão, mas mesmo assim atirou quando a vítima pedia para que ele se acalmasse.
“Um crime absurdo, onde uma vítima completamente desarmada foi assassinada com dois tiros, quando estava à mercê de um agente de segurança, e o pior é a ironia, logo de um bombeiro, que é aquela pessoa que tem como dever salvar vidas, mas que tirou a vida de um jovem estudante com um futuro promissor. Acabou com uma família, onde um dos irmãos, inclusive, é engenheiro eletrônico, mora em Florianópolis e deu depoimento no processo. Vamos lutar para que a justiça seja feita com a condenação desse cidadão que cometeu esse crime, um ato de covardia em que um jovem desarmado é brutalmente assassinado”, destaca o promotor Luiz Eduardo Azevedo.
Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação